Lá vem Junho o mês mais temido
para minha existência. Sempre dá um frio na barriga antes de acrescentar mais
um ano em minha existência. Penso no tempo atual, penso no presente e penso no
futuro... E, talvez pense demais.
O relógio não é amigo de ninguém,
os homens vivem buscando uma formula para viver mais, um jeito de ficar mais
conservado, inteiro, mas o nosso destino é um só. Caminhamos para o fim, vamos
para a morte. Não tem jeito, nascemos, vivemos, ou, sobrevivemos... E morremos.
No tempo de criança a minha
preocupação era brincar, viver minhas fantasias, criar meus impérios invisíveis,
dar vida a meus bonecos de plástico... Hoje ainda tenho fantasias (algo mais
adulto, ou, não) , crio meus castelos de areia em sonhos e o mar da realidade
sempre vem impiedoso para derrubar. Vivo, vivo e sinto esses golpes da vida.
Manter seus ideais não é algo fácil.
As piores barreiras são vindas das circunstâncias que existem na rotina,
aquelas “surpresas” desagradáveis, pessoas eternas que morrem, aquela coluna
que cai... Acidentes de percurso, ilusões em um mar alto. A vida segue e você
tenta sobreviver, então a saudade do tempo de menino vem.
Amigos de infância não estão por
perto, amores partiram e vem novos amores, novos amigos que quem sabe um dia
sumiram, afinal a estrada é longa e todos temos destinos distintos, quem sabe
passamos um tempo juntos, porém podemos pegar um trem a qualquer momento e
partir. Assim que nós firmamos, nós iludimos e caímos na realidade cruel.
Ser criança é que é bom. Lembre-se
de viver com responsabilidade sem esquecer um passado bom, enfim somente as
coisas boas valem a pena serem lembradas.